O Jardim perfeito
A Bíblia nos diz que Deus preparou um lindo jardim cheio de árvores frutíferas, plantas, animais e muita água fresca, onde colocou o homem para cultivá-lo e guardá-lo (Gn 2.15).
Jardim do Édem, esse foi o nome dado para esse paraíso. Em hebraico, a palavra jardim (“Gan”), tem o sentido de lugar cercado ou protegido. É interessante chamar a sua atenção para uma curiosidade. O Jardim do Édem, assim como o tabernáculo, são cópias das coisas celestiais (Ez 28.13; Hb 8.5;9.23).
O Édem existente no céu, também, era conhecido como Jardim de Deus (Ez 28.13), Monte Santo (V.14) ou, ainda, Paraíso ou terceiro céu (Lc 23.43; 1 Co 12.1-4).
Édem, em Isaías 51.3 e Joel 2.3, simboliza a fertilidade de uma terra. Mas, Édem, para Moisés, no livro de Gênesis, simbolizava um estado de comunhão perfeita, não rompida, entre Deus e o homem (DITAT).
No Jardim do Édem havia: alimento, água e comunhão.
Alimento
“Então o Senhor Deus fez nascer do solo todo o tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento” - (Gn 2.9).
Depois que o Senhor Deus colocou o homem que havia formado, no jardim, fez nascer do solo todo o tipo de árvores frutíferas. O livro de Gênesis só faz menção à figueira. Mas, em Deuteronômio 8.1-9, Deus conduz o seu povo a uma boa terra, a terra prometida por Ele aos seus antepassados, e orienta-os a conquistá-la sob obediência aos seus mandamentos e temor a Ele.
Naquela terra eles encontrariam trigo, cevada, videiras, figueiras, romãzeiras, azeite de oliva (azeitona) e mel (o mel era retirado da tâmara). Acredito que esses frutos, também, poderiam estar no jardim do Édem, pois Deus sempre dará o melhor da terra aos seus filhos. Uma terra fértil, foi o que Deus desejou para Adão e Eva desde o início.
Água
“No Édem nascia um rio que irrigava o jardim, e depois se dividia em quatro”- (Gn 2.10).
As árvores e as plantas somente foram criadas após Deus ter feito a chuva descer sobre a terra e ter criado o homem para cultivá-la. Mas brotava água da terra irrigando toda a superfície do solo. Por isso a terra, mesmo sem chuva e sem nenhum arbusto ou vegetação, não era árida e ressecada. Na verdade a terra veio a existir para que o homem pudesse habitar, administrar e governar sobre ela.
Comunhão
O jardim que Deus criou havia perfeição, pois Ele é perfeito em si mesmo, é perfeito em todas as coisas. Logo, a comunhão era inerente ao relacionamento que pairava sobre esse jardim. O homem relacionava-se com a natureza criada e com o próprio criador dessa natureza em perfeita comunhão e intimidade.
A comunhão era perfeita porque o homem ainda estava em seu estado de inocência, no estado original de sua criação, sem pecado.
Gênesis 3.8 nos relata que na viração do dia - fim da tarde e início da noite – todos os dias, Deus andava pelo jardim e se aproxima de Adão e Eva para dialogar com eles. Que maravilha.... Dialogar com o próprio Deus!
Algumas vezes me pego tentando ouvir, em minha mente, o diálogo de Deus com Adão e Eva. Acredito que falavam sobre a criação do universo, dos seres celestiais, do cuidado com o jardim, do benefício do ar, da água, dos alimentos, do amor de Deus para com a criação, da adoração como essência da vida do homem; enfim, quantas instruções Adão e Eva receberam de Deus para que fossem passadas para seus filhos e toda sua descendência. É, realmente, maravilhoso!
Foi nesse maravilhoso jardim que Deus colocou o homem para relacionar-se com ele em amor, dedicação, pureza e em intimidade.
É no jardim da comunhão com Deus, o jardim protegido por Ele, que sempre teremos alimento espiritual e o jorrar da água do Espírito, onde acontecerá o encontro da verdadeira adoração entre aquEle que é adorado e seus adoradores.
Quando saímos da proteção desse jardim de comunhão, corremos o risco de morrer por falta de alimento e água, fontes vitais para o crescimento, não só físico, mas, também, o crescimento espiritual.
Pense nisto!
Continua ....aguarde!
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