Parte 2
Adoração dos anjos
Nos céus estão os anjos a serviço de Deus, através da adoração que lhe
prestam. Os Anjos, “Malak” em hebraico, são mensageiros ou servidores
celestiais (Hb 1.14), são seres espirituais criados por Deus (Cl 1.16). Eles
participam ativamente do louvor e da adoração a Deus. Apresentam um aspecto da
glória de Deus (Ez 10.18,19). São ordenados por Deus para nos guardar (Sl
91.11; 34.7). São superiores aos seres humanos (Hb 2.6,7) que, depois da
ressurreição, alcançarão um estágio superior, porque terão corpos glorificados,
semelhante ao corpo de Jesus ressurreto. Os anjos não devem ser adorados (Ap
19.9,10).
Os anjos estão divididos em diferentes categorias:
a)
Arcanjo = Mensageiro de grandes acontecimentos – Gabriel e Miguel (Dn
9.21; 10.13,21; Lc 1.19-26; 1 Ts 4.16).
b)
Serafins = Agentes do fogo (Is 6.2) que estão sempre na presença do
Senhor.
c)
Querubins (Gn 3.24; Ez 9.3; 10.1-3; 11.22).
d)
Miríades de seres ministradores
(Ap 5.11).
Lúcifer,
um querubim
Lúcifer, “Hêlel”, em hebraico, é
chamado por “estrela da manhã” (em latim), “filho da aurora” ou “luzente” foi
um querubim da guarda ungida de Deus (Ez 28:14). Os querubins são seres
sobrenaturais que se encontram próximo ao trono de Deus, cumprem a Sua vontade
e possuem livre arbítrio.
Os querubins estão envolvidos com o
serviço de adoração a Deus, zelam pela Sua santidade e estão como pilares nos
cantos da estrutura que sustentam o trono de Deus (Ezequiel 1.9.10.11). Citado
na terra pela primeira vez quando colocados a leste do Jardim do Édem, após a
desobediência de Adão e Eva, para guardar o caminho da árvore da vida (Gn
3.23,24), para que nenhum intruso entrasse e se alimentasse dela.
A bíblia nos relata que o querubim,
Lúcifer, era perfeito, cheio de sabedoria, formoso e tinha resplendor (Ez
28.12,17). Ele estava no Édem celestial, jardim de Deus (v.13,14) e era coberto
de pedras preciosas. Os instrumentos musicais foram preparados no dia em que
ele foi criado (V.13b) – Versículo encontrado no original hebraico (Bíblia
hebraica) e em algumas traduções antigas.
Havia harmonia no céu até ser encontrado iniquidade em Lúcifer (Ez 28.15). O seu coração se corrompeu e tornou-se
orgulhoso por causa de sua formosura e sabedoria (V.17,18). “Subirei
aos céus; erguerei o meu trono a cima das estrelas de Deus; eu me assentarei
no monte da assembleia, no monte mais elevado do monte santo. Subirei mais alto
que as altas nuvens; serei como o Altíssimo” (Is 14.13,14). Lúcifer
desejou ser como o Altíssimo e desejou pra si a adoração que pertencia a Deus.
Por essa iniquidade Lúcifer foi humilhado e
lançado para longe do Monte Santo de Deus (Ez 28.16; Lc 10.18a). Numerosos
anjos participaram da rebelião de Lúcifer, abandonando o seu resplendor e
formosura, o seu estado de graça, como servos de Deus, perdendo o direito à sua
posição celestial.
Lúcifer perdeu sua posição no céu e passou
a exercer poder na terra, tendo acesso ao céu para acusar os filhos de Deus (Jó
1.9). Somente após a crucificação de Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi que o
acusador, que engana todo o mundo, foi lançado fora do céu (Ap 12.7-12). Após
ser expulso do céu e lançado a terra, passou perseguir àquela (Israel) que
havia dado luz ao cordeiro, perseguir o restante de sua descendência e todos os
que viessem obedecer aos mandamentos de Deus e se mantiveram fiéis ao
testemunho de Jesus (V.13,17).
A parte 3 será postada na próxima semana
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